Vocábulos
1º.
Pecados capitais. 1º. O termo pecado tem,
nesta lição, duplo sentido. Significa:
a) vício, quando se consideram a soberba, a avareza, a luxúria, etc., como maus hábitos que levam ao pecado;
b) pecado atual, quando se trata de um ato transitório, seja ele causado por uma disposição habitual ou não. Assim muitos cometerão o pecado de orgulho, sem ter o vício de soberba.
a) vício, quando se consideram a soberba, a avareza, a luxúria, etc., como maus hábitos que levam ao pecado;
b) pecado atual, quando se trata de um ato transitório, seja ele causado por uma disposição habitual ou não. Assim muitos cometerão o pecado de orgulho, sem ter o vício de soberba.
2º. Capitais (do latim "caput": cabeça, fonte). De acordo com a própria etimologia da palavra, esses pecados tem tal nome:
a) porque podem ser pecados gravíssimos, dignos da pena de morte;
b) porque, nos primeiros séculos da Igreja, eram equiparados a outros muito graves, como a idolatria, o homicídio, o adultério, e condenados a uma penitência pública;
c) porque são origem, fonte de vários outros, ainda que não sejam necessariamente e sempre, pecados mortais.
PECADOS CAPITAIS
Há
sete pecados, ou vícios, que podem ser tidos como graves,
quer quanto à sua natureza, quer quanto às suas
conseqüências. Estes sete pecados capitais são:
1) Soberba;
2) Avareza;
3) Luxúria;
4) Inveja;
5) Gula;
6) Ira;
7) Preguiça.
Alguns: soberba, avareza, inveja, ira e preguiça, quando desídia do intelecto, são mais especialmente pecados do espírito. A luxúria e a gula, pelo contrário, são pecados do corpo.
1) Soberba;
2) Avareza;
3) Luxúria;
4) Inveja;
5) Gula;
6) Ira;
7) Preguiça.
Alguns: soberba, avareza, inveja, ira e preguiça, quando desídia do intelecto, são mais especialmente pecados do espírito. A luxúria e a gula, pelo contrário, são pecados do corpo.
1.
SOBERBA
1º. Natureza. Soberba é a estima excessiva da própria pessoa. Manifesta-se principalmente de três maneiras:
a) o
soberbo mostra-se ufano das qualidades que tem, não se
lembra que deve por elas dar glória a Deus: "Que tens tu,
diz São Paulo, sem o teres recebido? E se o recebeste, como
é que te glorias, como se aquilo fosse teu?" (I Cor IV, 7);
b)
atribui-se dotes que não possui;
c)rebaixa as vantagens dos outros. É parecido com o fariseu
que coteja suas virtudes com os senões do próximo.
2º.
Derivadas da soberba.
A soberba produz a ambição, a presunção, e a vanglória.
A.
Ambição é o desejo descomedido de glória, honras,
fortuna, poder, etc. o ambicioso anda atrás das posições de
destaque e das dignidades. "Apreciam o primeiro lugar nos
banquetes, os assentos mais elevados nas sinagogas" (Mt
XXIII, 6) diz Nosso Senhor, falando dos Escribas e dos
Fariseus.
B.
Presunção é a demasiada confiança em si próprio.
Presunção e ambição não raro andam a par. O presunçoso
exagera seus talentos, julga-se preparadíssimo para qualquer
encargo. E trata de meter-se em negócios e empregos altos,
para os quais lhe falecem habilidades e competência.
C.
Vanglória é a mania de se envaidecer por predicados,
mais brilhantes e espalhafatosos, do que reais e sólidos; de
colher louvores, e pasmar os circunstantes, quanto não há
motivo para tanto. Este gaba-se de uma estirpe nobre, de
linhagem ilustre; aquele é altaneiro por causa do palacete;
este outro, é pela roupa, ou pelo automóvel. Esquecidos,
todos, de que se houver glória nisso, não é a eles que deve
ninbar (não quer dizer que todo luxo é soberba e impostura.
Não é, quando fica em relação natural com a posição que se
ocupa na sociedade. Então, justifica-se no ponto de vista
hierárquico e econômico. Quem não atendesse às exigências da
fortuna que possui cairia no excesso oposto que entra no
segundo pecado capital [avareza]).
A
vanglória, por sua vez, gera:
a)
a jactância. A jactância, a bazófia, ou gabolice está
doida pelos elogios. Baba-se por eles, suplica-os. E quando
não os consegue logo, vai-se, o sujeito, encomiando a si
mesmo. Nas palestras, não deixa os outros falar. Só ele, só
dele. Não aprecia os companheiros, nem se importa com eles,
e por isso, conta, o que fez e não fez, mandou e desmandou,
suas boas obras, virtudes, esmolas (em dois casos é
permitido dar a conhecer o bem que se obrou: a) para
livrar-se de censura imerecida; b) para instruir e edificar
o próximo, como o pratica São Paulo na Epístola aos
Gálatas);
b)
a hipocrisia é outro fruto espúrio da vanglória. As
felicitações que os gabolas se outorgam nos seus alardes
palavrosos, o hipócrita quer granjeá-las por seus atos
fiteiros, e suas virtudes de aparato. Anda deslembrado dos
conselhos de Nosso Senhor: "Tende cuidado em não fazer
vossas boas obras para serdes vistos pelos homens ... quando
dais esmola, não toqueis trombeta, como costumam os
hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para que vos honrem os
homens’ (Mt VI, 1,2);
citemos, ainda, o aferro, a obstinação, a teimosia, três vocábulos mais ou menos sinônimos, exprimindo o apego que se tem ao próprio parecer, não querendo que vingue a opinião dos outros, nem até quando a razão está com eles.
citemos, ainda, o aferro, a obstinação, a teimosia, três vocábulos mais ou menos sinônimos, exprimindo o apego que se tem ao próprio parecer, não querendo que vingue a opinião dos outros, nem até quando a razão está com eles.
3º.
Malícia da soberba.
É pecado grave, quando o orgulho quer elevar-se acima de
Deus e dos superiores. É tido como fonte de todos os males.
4º.
Remédios.
Os meios para curar a chaga do orgulho são:
a) um
exame atento, demorado, sincero, das nossas misérias, das
nossas falhas e fraquezas; da inconsistência dessas coisas
que nos envaidecem;
b) a
contemplação da humildade de Nosso Senhor, que, sendo Deus,
se rebaixou a ponto de revestir-se da humanidade, e
sujeitar-se a todas as contingências mais triviais e vis da
nossa natureza; depois, a todos os ultrajes.
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