1º.
Natureza.
A inveja deriva-se da soberba. Consiste no regozijo pela
desgraça que sucede ao próximo e no pesar pela boa sorte
dele, como se a felicidade alheia perturbasse a nossa. Logo,
a inveja tem duas caras: expandida e risonha perante o mal
dos outros; amarrada e tristonha diante da prosperidade
alheia.
O
distintivo essencial da inveja é a falta de caridade.
Portanto, não tem inveja:
1.
quem se entristece porque vê que é feliz e passa bem uma
pessoa que não o merece. Não é inveja, é "zelo desatinado"
porque a repartição dos bens deste mundo é da conta
exclusiva de Deus;
2.
quem fica triste com a promoção de fulano, porque isto
poderá causar transtornos; é "temor legítimo", se não
ajuizado;
3.
quem anda acabrunhado, porque outro ganhou o lugar que ele
mesmo havia pleiteado por seus esforços; chama-se "brio,
emulação".
Ciúme
é uma face da inveja. Não se alegra com os reveses e
dissabores alheios. Mas tem o receio exacerbado de perder o
bem que possui, e cobiça violentamente o bem dos outros.
2º.
Efeitos.
Da inveja nascem a calúnia, a maledicência, a delação, as
rivalidades, as discórdias, o ódio e até o homicídio.
3º.
Malícia.
A inveja ofende a caridade que devemos ao próximo. É tanto
mais culpada quanto mais avultado fôr o dano que ela causar
aos outros.
4º.
Remédios.
a)
primeiro meio para tratamento desta enfermidade moral é
recordarmos que todos os homens tem igual natureza e igual
destino. Não são irmãos em Cristo todos os católicos? E não
são todos eles membros da mesma sociedade que é a Igreja?
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