a) É
avarento o que anda aflito por ganhar mais dinheiro, sempre
excogita artes de aumentar seus cabedais, e antes trata os
bens como donos do que como servos. A fortuna, para ele, é
um fim, e não o meio de prover às necessidades da
existência.
b) É
avarento mais encontradiço, o que está afeiçoado a seus
tesouros. Sovina. Não dá nada. E quando precisa gastar,
parece que lhe arrancam um pedaço da alma. A economia é
outra coisa. Consiste em regular as despesas pelos
rendimentos,: aquelas não excedendo estes. Não é vício. É
virtude preciosa, estímulo do trabalho, e mãe da
prosperidade. A avareza tanto se aninha no coração do pobre,
como no do rico. Avulta, não raro, com a idade. Recrudesce
com a velhice.
2º.
Efeitos.
Da avareza nascem:
a) a
injustiça para com o próximo: fraudes, trapaças, roubos;
b) a
traição: Judas vendeu seu Mestre por trinta moedas;
c) o
empedernimento do coração para com os indigentes. O avarento
não se compadece da miséria: nunca abre a mão para
obsequiar, para dar esmola aos pobres.
3º.
Malícia.
A avareza pode vir a ser pecado grave:
a)
contra Deus: o avarento prefere, com efeito, a tudo, o
dinheiro. Adora o ouro. É seu ídolo. Deus não existe mais
para ele.
b)
contra o próximo: o avarento, certo é que não cumpre o dever
de caridade. E este dever, em determinados casos, constitui
obrigação imperiosa.
4º.
Remédios.
Dois remédios podem fazer bem ao avarento:
a)
lembre-se amiúde que tudo passa neste mundo; que são
perecedouros, frágeis, e de pouquíssimo valor, os bens da
terra. Caducam rapidamente. Única riqueza de verdade é amar
a Deus.
b)
medite nos exemplos de Jesus Cristo. Era riquíssimo, quis
nascer, viver e morrer, paupérrimo.
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