Nem
sempre alcança, a ira, o mesmo grau de violência. Por isso
distinguem-se:
a) a
impaciência;
b) a raiva;
c) o arrebatamento, que se derrama em berros e desaforos;
d) o furor, que se traduz por insânias, acessos próximos da loucura;
e)a vingança, que é o desejo cultivado de prejudicar a quem nos desagradou.
b) a raiva;
c) o arrebatamento, que se derrama em berros e desaforos;
d) o furor, que se traduz por insânias, acessos próximos da loucura;
e)a vingança, que é o desejo cultivado de prejudicar a quem nos desagradou.
Há
certa cólera que não é pecado. Vem a ser, apenas, justa
indignação, quando se manifesta dentro de limites razoáveis:
na hora azada, contra quem a merece, e com intensidade
prudente. Um pai de família se mostrará oportuna e
eficazmente irritado com o comportamento mau do filho, e
infligirá uma correção enérgica que produza frutos de
emenda. Um superior de comunidade, no desempenho do seu
cargo, castiga publicamente uma ofensa à regra. A cólera,
então, não é vício, é virtude.
Na
Sagrada Escritura, temos muitos fatos destes. Moisés, ao
deparar com o bezerro de ouro, deixa-se arrebatar pelo furor
da ira santa, e quebra as tábuas da Lei (Ex XXXII, 19).
Deus, muitas vezes, ira-se contra os pecadores (Sl CV, 40).
Nosso Senhor lança mão do chicote, e tange para fora, irado,
os vendilhões do Templo (Mt XXI, 12). Zanga com os Fariseus,
que andavam espiando, para ver se haveria de curar, em dia
de Sábado, o enfermo com a mão ressequida (Mc III, 5). São
cóleras santas que têm justificativa no fim almejado:
debelar ou fustigar o mal, e emendar os pecadores.
2º.
Efeitos.
A ira gera as disputas, as quisílias, doestos e vitupérios,
brados e invectivas, rancor, ódios, assassínios e demandas.
3º.
Malícia.
Quando a cólera provém da índole, do gênio, é culpa venial
só, a não ser que se desmande em crises, e seja deliberada.
Quando inclui o desejo desnorteado de vingança, ofende a
justiça ou a caridade, e então é pecado grave.
4º.
Remédios.
Para amordaçar e refrear a cólera, é preciso:
a)
atalhar logo o primeiro ímpeto;
b) lembrar-se do preceito do Senhor: "Amai vossos inimigos ... fazei o bem aos que vos odeiam" (MT V, 44);
c) meditar o exemplo do divino Mestre, Cordeiro manso e humilde de coração.
b) lembrar-se do preceito do Senhor: "Amai vossos inimigos ... fazei o bem aos que vos odeiam" (MT V, 44);
c) meditar o exemplo do divino Mestre, Cordeiro manso e humilde de coração.
Comentários
Postar um comentário